sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Chuva em São Paulo = CAOS Geral


Olá,
Como vocês estão? Hoje eu estou bem, mas ontem..... vocês não têm noção....
Na verdade, algo parecido já havia ocorrido na quinta-feira da semana passada. Vamos aos fatos.
Banessa e eu viemos trabalhar (por insistência dela) no novo prédio de nosso trampo. Mais ou menos às 17:00 começou uma chuva do cão em São Paulo. Como sentamos no 10º. andar, tivemos uma visão privilegiada, e assustadora, dos caos que instalou-se em SP City. Marginal alagada, Tietê transbordando, filas quilométricas no trem, trânsito caótico por todos os lados, enfim, a visão do inferno.
Decidimos, então, sair do trabalho às 19:10 para pegarmos o fretado que sai às 19:20. Para variar, eu havia esquecido o guarda-chuva em uma das bolsas que troco ao longo da semana. Desta forma, peguei uma “carona” no guarda-chuva da Banessa. Junto conosco estava um colega de trabalho, que também estava sem guarda-chuva. Banessa, com toda sua bondade, ofereceu uma ponta do seu para protegê-lo da chuva. E assim, caminhamos os três embaixo de um único guarda-chuva salvador rumo ao ponto dos fretados. Não contávamos apenas com a fila homérica que também os esperava. Quietinhos, ficamos lá esperando. Esperando mais um pouco. E um tantinho mais. Neste momento, já estávamos encharcados, fedidos, descabelados e gripados. Nosso colega estava se protegendo da chuva justamente embaixo da ponta em que a fita com o fecho do guarda-chuva está costurada. Esta mera fita simplesmente se transformou em uma terrível torneira. Toda a água que batia no guarda-chuva escorria justamente através desta fita. E toda a água que escorria da torneira em forma de fita ia de encontro diretamente com o terno dele. O coitado estava simplesmente encharcado. Quando olhamos para o lado, vimos um rapaz se protegendo da chuva praticamente com um guarda sol, de tão grande que era seu guarda chuva. Eu, muito “discretamente”, comentei com a Banessa e nosso colega: “Ele bem que podia oferecer uma carona, né?! Olha o tamanho deste guarda chuva só para ele...”. Não sei como (ah, tá!), mas em questão de 10 segundos o rapaz virou-se para nós e perguntou se não gostaríamos de juntar os guarda chuvas. Nossa, não precisou oferecer 2 vezes. Quando vimos estávamos todos grudados embaixo dos 2 guarda-chuvas. Até que nossa paciência esgotou-se. Já passavam das 20:00 e até aquele momento nada de fretado. Decidimos então ir de trem. Depois disto, sem grandes novidades. No percurso até o trem, nosso colega e eu expulsamos a Banessa do guarda-chuva e ela seguiu na frente no guarda sol do carona. Quando percebemos, o coitado estava todo para fora tomando chuva, enquanto a Banessa caminhava sussa. Para demonstrar nossa gratidão, pagamos a passagem do carona. Nesta quinta-feira cheguei em casa às 22:00, pode? O pior de tudo foi descobrir no dia seguinte que o horário de saída dos fretados era outro. Tinham partido às 19:00 em ponto. Pode?!!!
Afê, mas nada se compara a ontem. Mais uma vez, o caos iniciou-se por volta das 17:00. Sempre né, como pode?! São Pedro deve ficar sentado em uma nuvem, só de olho no relógio. Só esperando. Quando vê que a galera começou a sair do trampo, já era. Aciona o botão do caos e se diverte. Mas enfim, novamente contemplamos a visão da bagunça do 10º andar. Só que ontem resolvemos sair no nosso horário. Às 18:10 já estávamos na fila. Mais uma vez meu guarda-chuva estava em qualquer outra bolsa, menos na de ontem, mas beleza. E dáli carona no da Banessa. Na fila ficamos sabendo que os fretados da 16:00 estavam atrasados, portanto, não havia previsão para chegada dos da 18:00. Então propus que fôssemos de trem, mas uma garota que também estava na fila nos informou que o trem não estava circulando, pois a linha estava alagada. Quem adorou a informou foi a Tati, que estava desesperada com a possibilidade de ir embora no trem. Na verdade seu desespero maior era em ter que pular o espaço entre a plataforma e o vagão, que diga-se de passagem é enorme, principalmente para a Tati, que mede em torno de 1,50m. Em compensação, meu desespero maior era em ir embora. Por conta disso, acabei não processando a história do trem, e em cerca de 1 min. depois eu novamente propus: “Gente, o que acham de ir de trem”. Tive que ouvir um alto e sonoro “Dããããããããrrrrrr, N-Ã-O T-E-M T-R-E-M!!!!”. Podia ter dormido sem essa, né?! A Camila então teve a idéia de ligar para um antigo fretado que ela pegava e o cara estava próximo de onde estávamos. Marchamos rumo ao fretado, mesmo sem saber para onde ele iria. No meio do caminho, Banessa e eu comentamos sobre o guarda sol do carona da semana passada e o quanto seria “legal” encontrá-lo naquele momento. Pedido feito, pedido atendido. Do nada trombamos com ele, mas como não especificamos o pedido, ele já estava dando carona para um rapaz que media 3. Neste momento avistamos a van que transporta os funcionários até a Paulista, e sem pensar duas vezes resolvemos pega-la. A Camila e a Tati seguiram rumo ao fretado enquanto Banessa, eu, Chico e Diego escalamos o gramado até o prédio. Eu escorregando, enfiando o salto na grama, Banessa quase caindo e os meninos escalando tranquilamente. Corremos até a van e enquanto esperávamos o gordão (amigo do carona) entrar na Van, começamos a escutar algumas pessoas gritando. Percebemos que esse gritos eram para nós, que sem muito esforço, repassamos para o gordão. Essa galerinha estava esperando desde as 16:00 essa tal van, e estávamos, de acordo com eles, furando fila. Fomos xingados, humilhados e deixados de lado. O gordão até tentou tumultuar dizendo que estava esperando a van desde às 14:00, mas logicamente que não colocou e ele foi xingado mais um pouquinho (nossa, em dia de chuva as pessoas ficam muito agressivas, sabe?!). Nós 4 decidimos abandonar o carona (até porque a chuva já havia amenizado) e seu amigo gordo “causador”. Não precisávamos de mais vexame. Francisco então resolver sacar $$ para pegarmos um táxi até um metrô. Quando voltou, ficamos sabendo que a espera para pegar um táxi era de 1h e 30min. Não sei o que deu nele, acho que o mesmo que deu em mim, mas ele soltou depois de uns 30 segundos: “E aí, vamos pegar um táxi”. Rá, agora foi minha vez. Tirei um sarro básico da cara dele, gritei um Dãããããrrrr bem alto e ri muito. Em seguida ficamos sabendo que haviam 3 lugares para ir em pé na van para a Paulista. Como estávamos em 4 pensamos e falamos juntos: “Não, estamos juntos na alegria e na tristeza. Se não dá para irem os 4 de uma vez, não vai ninguém”. Ah, foi lindo. A chuva destrói, quebra, inunda, mas também une as pessoas, viu?! Neste momento reparamos melhor no tal Diego (ele é novo na área). O coitado não tinha tirado seu óculos para enfrentar a chuva, então estava todo molhado, tipo vidro de carro. Não sei como estava enxergando um palmo a sua frente, mas beleza. Decidimos voltar ao princípio. Ligamos para a Camila e soubemos que seu fretado ainda não havia passado. Portanto, corremos rumo ao ponto de ônibus. De repente avistamos o fretado do serviço vindo em nossa direção. O Francisco saiu correndo até ele (o que não foi difícil, visto que a Marginal estava parada) e perguntou se podíamos subir. Graça às leis “super legais” de nosso prefeito, nossa subida não foi autorizada, tendo em vista que havia um guardinha da CET bem na esquina fitando a nossa situação. O motorista indicou o ponto que iria parar e saímos disparados até ele. Quando chegamos lá, avistamos uma fila separada esperando o único fretado que serve para mim e para a Banessa. Nos separamos dos meninos e 10min depois nosso fretado chegou. Para compensar todo o sofrimento, nosso fretado chegou ao destino em 30min exatamente. Mistérios de SP City...

Acreditam que após isso tudo eu e Banessa ainda encaramos uma aula de Spining e outra de alongamento? Pois é, acho que mudei mesmo.....

Bjos

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