quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Palavra Certa na Hora Certa


Esses dias atrás eu estava lendo uma edição antiga da revista Nova (na verdade estava apenas folheando enquanto aguardava minha mãe ficar pronta para irmos ao shopping) quando me deparei com uma matéria que falava sobre demonstrações de amor. Tal matéria baseava-se em vários depoimentos de pessoas comuns e de algumas celebridades sobre formas de mostrar o quanto se ama ou se é amado. Então, me deparei com o seguinte depoimento:

Kylie Minogue e seu ex Olivier Martinez, durante a batalha dela contra o câncer
“Estava no banheiro chorando. Olivier entrou e disse: ‘Querida, chore só mais cinco minutos. Vamos passear de bicicleta por Paris’”

Fiquei impressionada com esta frase do Olivier para Kylie. Ela me fez parar e pensar nas diversas demonstrações embutidas neste conjunto de palavras. Ela demonstra, é claro, o AMOR dele por ela; a PACIÊNCIA com o momento em que estavam vivendo; a COMPREENSÃO com a fragilidade de Kylie; a TOLERÂNCIA ao dar-lhe mais 5 minutos para chorar; seu SENSO DE OPORTUNIDADE ao querer mostrar para Kylie que chorar não a faria feliz; o CARINHO ao demonstrar que se preocupava com ela; a CORAGEM por entrar em um banheiro para falar com uma mulher aos prantos (é, meus caros, isso pode ser muito perigoso, podem apostar!); o BOM TOM expresso em sua ordem; o TATO que usou ao querer demonstrar que aquele momento era uma situação normal (o que, sem sombra de dúvidas, não era) e, por fim, sua grande VONTADE de querer mudar toda uma situação.
Não faço idéia de quem seja Olivier Martinez, mas já o admiro. Admiro-o pois possui uma das qualidades que mais aprecio no ser humano que é a utilização da palavra certa na hora certa. Para que possam entender melhor, vou dividir esta característica em 3 categorias (de acordo com o meu ponto de vista). Há pessoas que:
1ª. Utilizam a palavra certa na hora certa
2ª. Não utilizam qualquer palavra na hora certa
3ª. Utilizam a palavra errada na hora certa
Bom, vou elaborar um pouco mais essa minha opinião...

Se todos fizessem uso da primeira categoria, tenho certeza de que o mundo seria bem mais tranqüilo. Já, na ausência da primeira categoria, a segunda seria de grande valia. Se você não souber ou tiver dúvidas a cerca da palavra certa, o melhor mesmo é não falar nada. O silêncio vale por 1.000 palavras, já ouviram falar nisso???
Isso quer dizer que a primeira categoria é a perfeição e a segunda é completamente perdoável. Agora, o que é totalmente imperdoável é a terceira categoria. É inaceitável o fato de algumas pessoas utilizarem tão mau o dom da palavra. Magoam pessoas com comentários maldosos, cruéis e inúteis e, ainda por cima, utilizam-se do bordão “falei porque sou sincera”. Felizmente sinceridade é uma coisa e comentário inconveniente é outra. A pessoa sincera se pronuncia apenas quando é solicitada, mas as pessoas que costumam fazer comentários inconvenientes ficam no aguardo da primeira oportunidade para soltar seu veneno.
O que mais chateia é que, se fizermos uma rápida análise sobre as pessoas que nos rodeiam, veremos que estamos rodeados por um número maior de pessoas da terceira categoria. Elas estão na faculdade, no escritório, na roda de amigos e, para piorar a situação, na família. E é aí que eu fico mais chocada. Alguém que te viu nascer e diz gostar de você, precisa dizer a palavra errada na hora certa? Precisa? Porque precisa? Precisa porque essa pessoa é um ser fraco, que se fortalece quando exalta os defeitos alheios e diminui as qualidades dos outros.
Mas, graças a Deus, eu sou uma pessoa que intercala a primeira e a segunda categoria e, afirmo que, com certeza, pouquíssimas foram as vezes que me incluí na terceira categoria. E, afirmo também que, nas pouquíssimas vezes em que falei o que não devia, meu arrependimento foi tamanho que chegou a doer em meu coração.
E, para finalizar, sei que não sou ninguém para dar conselhos, mas quero deixar um recadinho. Se você não tem nada de bom para falar sobre ou à alguém, então CALE-SE, CALE-SE, CALE-SE, pois você me deixa doooooida.....

Bjos

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